quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Repentina ilusão...

Andava na rua e ocorreu de alguém passar quase que esbarrando no meu ombro, deixei pra lá, mas o cheiro dela veio atrás junto com o vácuo que ela fazia com o vento que cortava enquanto caminhava, me fez concentrar todo o pensamento e lembrança existente, estas, que já te fez viajar e já fez imaginar como seria a vida após 10 anos se você tivesse vivido com ela, ou se algum dia isso pudesse vir a ser verdade, dos móveis que você compraria, em quais tonalidades que seriam, dos nomes dos filhos e como sairiam, dos dias difíceis vividos e da maturidade que traria a todos, da união estabelecida e dos difíceis tempos que teríamos de assumir quando os hormônios estivessem aflorados, do quanto seria doloroso ver o filho indo para a faculdade e talvez morando em outro lugar, ou saindo de casa com uma nova família por vir, do quanto nos sentiríamos sozinhos e do quanto precisaríamos nos ater e compartilhar o amor com os próximos e nossos descendentes para não cair na insanidade da mesmice, do quanto que teríamos de suportar e de quanto amor estaríamos disponíveis a dar, quando ficássemos velhos, a nossos netos ou bisnetos quando pedissem atenção, ou quando ela pudesse olhar para mim e fazer o mesmo sorriso que ela fez no primeiro dia que a vi, eternizando os meus sonhos e tendo livre acesso a morte com Deus, carregando esta visão... mas pense que tudo isso pudesse ser esquecido, ou nunca acontecido, porque ela nunca mais olhou para mim... depois disso voltei para minha cúpula em botafogo e meditei....


foto tirada pela mammis, errano o foco, mas foi com amor... ;)

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